quinta-feira, 30 de abril de 2009

ARLINDA, de Helena Pereira

Segue o perfil da Arlinda, e já agora, se ajudar, o link da música extremamente panisga que serviu de pano de fundo para a compor e que lhe deu o tom:
Mas sem comentários, se faz favor, que não tenho a culpa que o meu cérebro resolva entrar em shuffle automático de vez em quando, e vá buscar coisas que nem me lembro onde as ouvi. Mas de qualquer modo, essa é a música da arlinda.
Uma balzaquiana recente, completou 30 anos há apenas um mês. É uma mulher bonita, atraente. Loira, cabelos ondulados, olhos verdes de gata, enfeitiça à passagem. O nome fora do comum é herança de uma tia da mãe, que morreu em pequena. Ela detesta-o, mas vai de encontro à sua personalidade carismática.
É a mais nova de 4 irmãos, todos rapazes. E apesar de filha bastarda, é amada por todos eles. O pai - que ela mal conheceu pois morreu quando ela tinha apenas 6 anos, abandonou a mulher e os 4 filhos rapazes para ir viver um grande amor ao lado da sua mãe.
Canta divinalmente, desde pequena, e sabe disso. Em compensação, Cerelac é o prato que melhor sabe cozinhar.
Ganha a vida a cruzar os céus - é piloto de aviões.
Forte, dinâmica, extremamente racional, não tem medo de nada.
Quando está com a neura pega nas sapatilhas e vai correr com o Boris, o cão que a adoptou numa dessas muitas corridas. Está a começar a ter aulas de kickboxing.
Fala pouco, mas ri como ninguém. Tem os tais, poucos mas bons, amigos.
A pessoa que mais ama na vida é a avó Maria, a mãe do pai, que a juntou aos irmãos e lhe possibilitou fazer parte de uma família.
Aqui e ali, empresta o corpo a casos sem importância. O coração, está amarrado onde não faz sentido nenhum estar: ao homem que a violou aos 19 anos de idade, num banco de um fiat uno vermelho, lhe ensinou o significado da palavra aborto, e que saiu da sua vida. Mas que teima em reaparecer sempre que ela acha que já o esqueceu.

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